Reacções Adversas
Monday, December 18, 2006
Point Of No Return

Past the point of no return - no backward glances:
the games we've played till now are at an end . . .
Past all thought of "if" or "when" - no use resisting:
abandon thought, and let the dream descend . . .
What raging fire shall flood the soul? What rich desire unlocks its door?
What sweet seduction lies before us . . .?
Past the point of no return, the final threshold - what warm, unspoken secrets will we learn? Beyond the point of no return . . .
You have brought me to that moment where words run dry, to that moment where speech disappears into silence, silence . . .
I have come here, hardly knowing the reason why . . .
In my mind, I've already imagined our bodies entwining defenceless and silent - and now I am here with you: no second thoughts, I've decided, decided . . .
Past the point of no return - no going back now:
our passion-play has now, at last, begun . . .
Past all thought of right or wrong - one final question:
how long should we two wait, before we're one . . .?
When will the blood begin to race the sleeping bud burst into bloom?
When will the flames, at last, consume us . . .?
Past the point of no return the final threshold - the bridge is crossed, so stand and watch it burn . . . We've passed the point of no return . . .
Say you'll share with me one love, one lifetime
Lead me, save me from my solitude
Say you want me with you, here beside you
Anywhere you go let me go too - that's all I ask of you.
Tuesday, December 12, 2006
Na Sombra e No Vento
"Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa tem dentro."
***
"Eu tinha crescido na convicção de que aquela lenta procissão do pós-guerra, num mundo de quietude, miséria e rancores velados, era tão natural como a água da torneira, e que aquela tristeza muda que sangrava pelas paredes da cidade ferida era o verdadeiro rosto da sua alma. Uma das armadilhas da infância é que não é preciso compreender para sentir. Na altura em que a razão é capaz de compreender o sucedido, as feridas do coração já são demasiado profundas.(...) No meu mundo, a morte era uma mão anónima e incompreensível, um vendedor a domicílio que levava mães, mendigos ou vizinhos nonagenários como se se tratasse de uma lotaria do inferno. A ideia de que a morte pudesse caminhar ao meu lado, com rosto humano e coração envenenado de ódio, envergando uniforme ou gabardina, que fizesse bicha no cinema, risse nos bares ou levasse as crianças a passear no parque de manhã e à tarde fizesse desaparecer alguém, numa vala comum sem nome nem ceremonial, não me entrava na cabeça. Naqueles anos roubados, o fim da infância, como os combóios espanhóis, chegava quando chegava."
***
"Quase me parecia vê-lo, sorridente, seguro de si, a contemplar um futuro tão amplo e luminoso como aquela avenida, e por um instante pensei que não havia ali mais fantasmas que os da ausência e da perda, e que aquela luz que me sorria era de empréstimo e só valia enquanto a pudesse segurar com o olhar, segundo a segundo."
***
"O destino costuma estar ao virar da esquina: como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de lotaria - as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicílio. É preciso ir atrás dele."
***
"-- Acho que nada acontece por acaso, sabes? Que, no fundo, as coisas têm o seu plano secreto, embora nós não o entendamos. (...) Tudo faz parte de qualquer coisa que não conseguimos perceber, mas que nos possui."
***
"Só sei que aquelas duas semanas (...) foram o único momento da minha vida em que senti por uma vez que era eu mesma, em que compreendi com aquela absurda clareza das coisas inexplicáveis (...).
________________________
A Sombra Do Vento -- Carlos Ruiz Zafón
Thursday, December 07, 2006
Aqui Na Terra
Nada me prende a ti
dono e senhor de mim
nada me prende a nada
Por essa estrada fora
por essa estrada dentro
faço figas ao vento
porquê fugir de ti?
aqui Deus não nos vê
aqui ninguém nos ouve e nunca ninguém sabe
onde cabe...
Nada me prende ao céu
nada me prende ao chão
Deus não me dá razão
Tudo pronto a vestir
amor pronto a fugir
só nos resta dormir
sono dos amantes
doce como dantes
longo como dantes
Rosa nua, rosa carne
crua rosa minha rosa, teus espinhos
rosa rua, rosa charme
posso magoar-me
sete ventos, vinhos e caminhos...
Aqui Na Terra - Clã
dono e senhor de mim
nada me prende a nada
Por essa estrada fora
por essa estrada dentro
faço figas ao vento
porquê fugir de ti?
aqui Deus não nos vê
aqui ninguém nos ouve e nunca ninguém sabe
onde cabe...
Nada me prende ao céu
nada me prende ao chão
Deus não me dá razão
Tudo pronto a vestir
amor pronto a fugir
só nos resta dormir
sono dos amantes
doce como dantes
longo como dantes
Rosa nua, rosa carne
crua rosa minha rosa, teus espinhos
rosa rua, rosa charme
posso magoar-me
sete ventos, vinhos e caminhos...
Aqui Na Terra - Clã