Tu Sabes Que Eu Sei
Para lá deste mundo visível, vivem os anjos. Tu, és um deles. És dona de uma alma doce e sonhadora. No fundo dos teus olhos, reflecte-se o brilho da luz que trazes dentro, alma sensível e imensa, repleta de sentimentos nobres que queres e precisas dar aos outros.
Acreditas em ti, acreditas no teu mundo. Enfraqueces as convicções quando mais uma vez tentas trespassar a densidade da fronteira que te separa do mundo real, onde não queres pertencer, mas onde sabes que tens que ingressar para cumprires a tua missão. Neste espaço marginal em que não acreditas, tudo é diferente, os sonhos são turvos, a luz é embaciada pelo desentendimento, o Amor é contrafeito, e as almas são opacas como os corpos.
Aqui, os teus olhos perdem a limpidez, a ternura do teu olhar desvanece-se, a sensibilidade dissipa-se. A doçura das tuas asas torna-se amarga e vazia, perdes o sorriso, ficas triste e desistes de tudo o que querias empreender, perdes a capacidade de voar. Mesmo contrariada com toda a falsidade que te rodeia, convertes-te à realidade fria, feia e crua, voltas as costas à missão que recebeste e aos ideais que sempre defendeste. Desiludida contigo mesma e com tudo o que vês á tua volta és abraçada pelo receio da discriminação e da injustiça dos outros. Debaixo da tua pele, escondes as tuas belas asas e recolhes-te numa praia que eleges secretamente como o teu último paraíso perdido.
Acreditas em ti, acreditas no teu mundo. Enfraqueces as convicções quando mais uma vez tentas trespassar a densidade da fronteira que te separa do mundo real, onde não queres pertencer, mas onde sabes que tens que ingressar para cumprires a tua missão. Neste espaço marginal em que não acreditas, tudo é diferente, os sonhos são turvos, a luz é embaciada pelo desentendimento, o Amor é contrafeito, e as almas são opacas como os corpos.
Aqui, os teus olhos perdem a limpidez, a ternura do teu olhar desvanece-se, a sensibilidade dissipa-se. A doçura das tuas asas torna-se amarga e vazia, perdes o sorriso, ficas triste e desistes de tudo o que querias empreender, perdes a capacidade de voar. Mesmo contrariada com toda a falsidade que te rodeia, convertes-te à realidade fria, feia e crua, voltas as costas à missão que recebeste e aos ideais que sempre defendeste. Desiludida contigo mesma e com tudo o que vês á tua volta és abraçada pelo receio da discriminação e da injustiça dos outros. Debaixo da tua pele, escondes as tuas belas asas e recolhes-te numa praia que eleges secretamente como o teu último paraíso perdido.
Preferes julgar-te sozinha quando vislumbras o oceano de Amor que tens á tua frente, mas sabes que não é a solidão que habita esse areal de sonhos, consegues ver-me ao longe passeando tranquilamente á beira mar. Tu sabes que eu sei e ambos sabemos que os anjos se reconhecem entre si, e tal como tu me reconheceste, também eu te reconheci.