SnapShot
Foste. Percorrias o corredor como todos os dias, mas desta vez foi de vez. E em vez de me alegrar pela chegada do fim do dia, o meu coração gritou no silêncio mudo do Ser. Um grito cheio, de dentro, de abandono. Não vás. Não me permito deixar-te ir, assim, a seco, com uma frase simples. Porque a tua partida é do meu egoismo. Porque era bom ter-te aqui. Porque o enquadramento se perdeu. Porque o que foi não volta a ser. E esta realidade, paralela a outra que existe agora e que sempre me espreitou de longe, solta-se ao vento e permanece num sopro. Deito-me no espaço de partilha e interrogo-me de como o o universo é fugaz.
"Esta é só, uma noite para me lembrar, o que a vida foi fazendo sem nos avisar, foi-se acumulando em fotografias, em distâncias e saudade, numa dor que nunca cabe, e faz transbordar os dias..."
"Esta é só, uma noite para me lembrar, o que a vida foi fazendo sem nos avisar, foi-se acumulando em fotografias, em distâncias e saudade, numa dor que nunca cabe, e faz transbordar os dias..."